Existe um sem-fim de ditos populares e conselhos sobre se evitar a preguiça a todo custo. Mas e se ela fizer bem em alguma medida? O termo “preguiça terapêutica” (ou therapeutic laziness, em inglês) pode ainda não ser tão comum, mas, segundo dados da WGSN, empresa que prevê tendências de consumo e desenvolvimento de produtos, ele é uma das principais tendências para 2025. Uma nova forma de autocuidado, a preguiça terapêutica tem como objetivo promover a inatividade intencional e o relaxamento sem culpa para melhorar o bem-estar físico e mental.
De acordo com o estudo O Impacto das Finanças na Saúde Mental do Brasileiro, realizado pelo Serasa, 4 em cada 10 brasileiros têm gastos fixos voltados para os cuidados com a saúde mental – o que faz dela a sexta maior prioridade das despesas dos consumidores.
A glamourização do excesso de produtividade e da vida corrida ainda impera em muitos setores da economia e circula entre profissionais que querem se destacar. Com a rotina cada vez mais acelerada, os trabalhadores têm enfrentado níveis crescentes de estresse. É o que aponta o levantamento People At Work 2023: A Global Workforce View, realizado pelo ADP Research Institute, instituição especializada no mercado de trabalho e pesquisas sobre performance de colaboradores.
A preguiça terapêutica chega justamente para tentar contornar esse cenário e promover mais equilíbrio, inclusive para dar conta das demandas do dia a dia. Entenda melhor a seguir.
O que é preguiça terapêutica?
O conceito incentiva um descanso sem culpa, em que você pode ser improdutivo intencionalmente – principalmente na própria cama, em um momento relaxante.
Ao contrário do autocuidado tradicional, que inclui atividades como meditação, exercícios ou tratamentos de spa e beleza, a preguiça terapêutica se concentra na inatividade intencional, permitindo-se não fazer nada como uma forma de melhorar a saúde física e mental.
“Essa prática é particularmente benéfica na redução do esgotamento e do estresse crônico, pois fornece ao sistema nervoso uma pausa nos estímulos", diz a psicóloga Karolini Moreira. “Ao descansar, o corpo regula os hormônios do estresse, como o cortisol, melhora a qualidade do sono e restaura os níveis de energia”, conclui.
Quais os benefícios da preguiça terapêutica?
Ao promover uma relação mais saudável com o descanso e a produtividade, a preguiça terapêutica oferece alguns benefícios, como:
1. Priorização do descanso
Priorizar suas horas de sono e descansar faz parte do conceito de cuidar de si mesmo sem se sentir culpado por isso. Como sugere a tendência: “as camas se transformarão em santuários de autocuidado e zonas de bem-estar", segundo a WGSN.
2. Mais criatividade
No mundo acelerado, onde o sucesso é frequentemente associado à produtividade constante, o relaxamento sem culpa é essencial para manter o bem-estar mental. Aderir à preguiça terapêutica pode aumentar o foco, a criatividade e a produtividade a longo prazo.
“Quando o cérebro está exposto a muita informação o tempo todo, ele não consegue processar esses pensamentos que surgem de forma espontânea e que podem influenciar o comportamento e as decisões", comenta a psicóloga. “Esses pensamentos são essenciais para a resolução criativa de problemas".
O Nubank considera os momentos de pausa importantes e, nesse contexto, nasceu a Casa Nubank Ultravioleta, um espaço no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Com experiências planejadas, em que o tempo e o conforto se encontram, o ambiente conta com serviços personalizados, estação de snacks, bebidas e café, armários inteligentes e mais, facilitando a sua rotina de maneira descomplicada. No vestiário, a experiência se completa com duchas privativas, que transformam um simples banho em um momento revitalizante.
3. Melhor qualidade do sono
Diminuir o tempo de tela antes de dormir, por exemplo, contribui para uma melhor noite de sono. Além disso, criar um ambiente favorável ao sono, como uma música lenta, lençóis limpos e atividades de cuidados com a pele também tendem a ajudar.
Como a preguiça terapêutica pode beneficiar a saúde mental e a saúde financeira?
Ainda segundo o estudo do Serasa, 86% dos brasileiros entendem que cuidar da saúde mental pode influenciar em sua situação financeira a longo prazo. Problemas emocionais interferem na administração do dinheiro, o que pode levar a decisões financeiras impulsivas e a um ciclo que se repete: problemas financeiros geram estresse mental, e o estresse mental impossibilita o cuidado adequado das finanças, segundo um estudo da Money and Mental Health Police Institute.
Confira as vantagens da preguiça terapêutica para a saúde emocional e na tomada de melhores decisões financeiras:
1. Estresse e ansiedade
O estresse e a ansiedade podem levar a compras impulsivas e a decisões financeiras precipitadas, enquanto a saúde emocional equilibrada permite uma análise mais calma e racional.
2. Planejamento
Uma mente calma e focada consegue estabelecer metas financeiras mais claras e planejar melhor o futuro. A saúde emocional, incentivada pela preguiça terapêutica, permite lidar com frustrações e manter o foco no longo prazo.
3. Controle de Gastos
A preguiça terapêutica ajuda a resistir a impulsos de consumo e a controlar os gastos, permitindo uma gestão financeira mais consciente e responsável.
4. Investimentos
Com a saúde emocional em dia, é possível lidar melhor com as flutuações do mercado e tomar decisões de investimento mais estratégicas, evitando decisões impulsivas. Zelar pelo seu dinheiro também é uma forma de autocuidado.
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